sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Sensação estranha



Ando levando uma vida bem sedentária e bem parada, eu admito. Isso não tinha me incomodado tanto até essa ficha cair hoje.

Às vezes acho que deveria fazer uma aula de pilates, outras vezes penso em comprar uma bike, meu pai acha que eu devo voltar a malhar... E no fim, nem yoga na minha casa eu faço.

Hoje é minha folga e eu acordei super tarde, o sol estava muito forte, e do nada me bateu a ideia de pegar meu short de corrida, botar uma blusinha ventilada, boné e tênis e sair correndo por aí. Fiz isso poucas vezes, mas agora o trânsito está todo desviado pelas ruas pequenas por onde eu andava. Não estou afim de carros passando e me observando, fora que se eu quero praticar um esporte o ideal é que eu saia do monóxido de carbono, né?

Tive outra ideia. Como hoje é sexta, pensei em pegar um ônibus e ir para o posto 8 da Barra mesmo (que deve estar habitável num dia de semana). Pensei em levar uma bolsa pequena só com o essencial e uma canga, esticar a canga na areia, fazer uns asanas e meditar um pouco, depois ia andando pro Barra Shopping, fazia uma gordice costumeira e voltava pra casa.

Não fiz porque a minha irmã me lembrou de um detalhe importantíssimo: Hoje é a abertura do Rock in Rio. Só tem um lugar que vai ficar pior do que a Barra, vai ser o caminho que eu faço pra ir pro trabalho em Vargem Pequena. Ainda bem que a minha irmã estava atenta aos detalhes.

Fiquei pensando onde eu poderia correr ou fazer yoga aqui por perto da minha casa, e descobri que eu posso correr na rua aspirando fumaça e fazer yoga no meu quarto. Não tem nenhum espaço aberto em Jacarepaguá pra se praticar esportes por conta própria. Não tem parques, as praças estão em obras (eu não faria yoga na praça mesmo). Mas os moradores ficam sem opção de se exercitar ao ar livre.

O dia passou e eu não saí de casa. Não concluí nada com essa historia. Estou me sentindo estranha, como se eu conseguisse perceber um pedido que o meu corpo me fez, e que os corpos todos fazem para as pessoas (mesmo que a maioria não note) e eu não posso fazer nada. Alguma ideia? Aceito sugestões nos comentários.

13/09/2013

Maria Fernanda C. Machado

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