sexta-feira, 1 de março de 2013

Pobres vítimas da moda

Como vocês podem ter percebido pelo resto do blog, eu fui uma adolescente anti-moda. Nunca usei a roupa da moda e, claro, sempre inventei nos cabelos para nunca estar na moda com eles. Hoje, com 28 anos, percebo que o anti-modismo nada mais é do que um fruto da moda. Não é uma tendência original, mas existe uma moda paralela para os adolescentes “loucos” que querem parecer diferentes da maioria.

Mas isso não é um problema. A moda tira a nossa personalidade na hora de escolhermos roupas e acessórios, mas nos iguala a todos. Já a anti-moda, geralmente afirma a nossa personalidade e nos faz parecer diferente. O que me preocupa é um fenômeno que sempre existiu e sempre existirá no mundo. As pobres vítimas da moda.

Minha intenção não é negar a moda, na verdade, agora que superei minha vontade de ter um visual agressivo com cabelos roxos, percebo que coisas boas entram na moda, e isso é muito bom, porque elas ficam mais fáceis de encontrar. Por exemplo, calças de malha. É lindo ver o jeans dividir espaço com uma roupa confortável nas araras de loja, especialmente porque essas roupas passam a ser mais baratas.

A questão é quando uma coisa disfuncional entra na moda e vira epidemia entre as menininhas sem personalidade que estão tão habituadas aos modismos que aderem, sem nem ao menos parar para analisar.

Percebi em dois exemplos. O primeiro foram as unhas de pelúcia, não tem nem o que discutir, né? Como é que essas pessoas lavam as mãos? Fica úmido depois? Agora já tem até unhas com bolinhas, pra ficar tipo chocolate granulado colado em um brigadeiro. O outro foi a nova saia da moda.

Com um calor imenso no Rio, as saias ganham espaço. Eu, por exemplo, comecei a comprar saias longas. As saias longas dão um visual super chique, deixam qualquer look parecendo mais arrumado, mas elas cobrem as pernas. Ouvi pessoas apontando para a saia que eu estava segurando na fila de um provador e falando “Eu? Botar uma saia até o meu pé? Mas nem morta!” Ok, é uma opinião (que não precisava ser falada nesse momento, mas a opinião dela). E aí, tentando criar o visual piriguete-chique, foi relançada a saia curta na frente e longa trás.

Ok, vai, um visu diferente, mas as saias estão virando cintos na frente e um rabo de noiva atrás. O resultado: Se você vai pra uma festinha pra dançar, vai ter um “rabo” te atrapalhando, e se você quer um visu chique, a não ser que a parte da frente chegue no joelho, o “rabo” não vai ajudar em nada.

Todos temos alguns exemplos de roupas disfuncionais, que entram na moda e viram epidemia. Mas até um ato simples, como comprar uma roupa, deveria exigir uma análise do porquê, de qual ocasião a roupa vai ser usada, se vale o preço que custa (ou se vale uma parcela por 6 meses no seu cartão). Pena que as pessoas compram para espairecer, e se negam a pensar durante a compra.

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